12:00

Biblioteca Brasiliana Guita & José Mindlin

19/08

Fêtes Galantes
EOS conjunto de Música Antiga da USP
direção: Marcus Held e Roger Ribeiro
solista: Júlio Pasquali

20/08

Cromatismos e galanterias
cravo: Mário Trilha


 

Johann Jakob Froberger (1616- 1667)
Lamento sopra la dolorosa perdita della Real M.sta di Ferdinando IV. Rè di Romani. FbWV 612.

Johann Sebastian Bach (1685-1750)
Sinfoniae 11, BWV 797 e 14, BWV 800.

François Couperin (1668-1733)
8 prelúdios do L’ Art de toucher le Clavecin. Paris, 1717.

Johann Jakob Froberger (1617- 1667)
Meditation  faist sur ma Mort future. FbWV 611a.

Johann Sebastian Bach (1685-1750)
Chromatische Fantasie und Fugue, BWV 903.

Johann Mattheson (1681-1764)
Suite Neuvième  pour le Clavecin. Londres, 1714
Boutade, Allemande, Courante I et II, Air, Loure e Gigue.

 


 

Mário Trilha: Graduação em Música (Piano) na Universidade de Música do Rio de Janeiro (UNIRIO).

Curso superior de Cravo  no Conservatoire National de Région de Rueil-Malmaison (Paris, França) tendo obtido, com a qualificação máxima, o diploma superior (Medaille d’Or à l’Unanimité). Mestrado em perfomance de Cravo (Künstlerisches Aufbaustudium), na Hochschule für Musik Karlsruhe (Alemanha). Mestrado em Teoria da Música Antiga na Schola Cantorum Basiliensis (Basileia, Suíça), tendo sido bolsista do Ministério da Cultura do Brasil. É Doutor em Música pela Universidade de Aveiro. Membro do Núcleo Luso-Brasileiro de Estudos da História da Música Caravelas. Foi Investigador Integrado Pós-Doutoramento do CESEM-Universidade Nova de Lisboa com o apoio da Fundação Ciência e Tecnologia de Portugal. Possui artigos publicados nas revistas Insight Inteligência, Opus, Per Musi e Música Hodie, e vários capítulos de livro publicados no Reino Unido, Portugal e Brasil. Publicou o livro Teoria e Prática do Baixo Contínuo em Portugal (1735-1820).pela Novas Edições Acadêmicas, Alemanha. Foi diretor artístico do ciclo Música no Museu realizado no Museu de Aveiro, Portugal. Gravou, pela casa Númerica, um CD dedicado a música do tempo de D João VI com a soprano Isabel Alcobia, com o Ensemble Joanna Musica, outro CD, com a música oitocentista dedicada a Princesa Santa Joana, e com a Orquestra barroca do Amazonas os CDs “Dei Due Mundi”, “Ópera no Brasil Colonial”, “Drama: Galant Arias and Concertos of the Luso-Brazilian Eigheteenth Century” e “ Anjinhos Bem Xibantes. CD do 26º Festival Internacional de Música Antiga e Colonial Brasileira de Juiz de Fora e o CD “Integral para tecla e canto do Padre José Maurício Nunes Garcia (1767-1830) com o tenor Alberto Pacheco, gravado no piano histórico Muzio Clementi (c.1820) no palácio de Queluz, Portugal.

Dedica-se a difusão do repertório brasileiro contemporâneo para cravo, interpretando obras de compositores como Almeida Prado, Cláudio Santoro, Calimério Soares, Danilo Guanais, Ronaldo Miranda e Ricardo Tacuchian, que lhe dedicou, em 2018, os seus Arabescos para cravo solo.

Dezenas de estréias modernas e gravações de obras setecentistas, oitocentistas e contemporâneas. Têm realizado vários recitais a solo e com diversas orquestras e ensembles , em mais de 150 cidades no Brasil, Portugal, Alemanha, França, Espanha, Suíça, Irlanda, Itália, Escócia, Estados Unidos da América e Uruguai.

Suas gravações foram transmitidas pelas rádios BBC de Londres, Antena 2 de Lisboa e Rádio MEC do Rio de Janeiro. É professor associado da Universidade do Estado do Amazonas, UEA.

21/08

Italia mia Canções e canzoni da Itália no século XVII
tenor: Daniel Issa
cornetto: Gustavo Gargiulo
violino: Luan Braga
cravo: Pedro Diniz


 

Francesco Cavalli (1602-1676)
Canzona a tre

 

Girolamo Frescobaldi (1583-1643)
Ti lascio anima mia

 

Tarquinio Merula (1595-1665)
Sonata sopra il Ruggiero

 

Anônimo (século XVII)
La Scatola degli aghi

 

Salomone Rossi (1570-1630)
Sonata sopra La Scattola

 

Antonio Ciffra (1584-1629)
Chiudesti i lumi Armida

 

Salomone Rossi (1570-1630)
Sonata sopra La Romanesca

 

Biagio Marini (1594-1663)
Romanesca a violino solo

 

Tarquinio Merula (1595-1665)
La Girometta

 

Girolamo Frescobaldi (1583-1643)
Capriccio sopra la Girometta

 

Anônimo (século XVII)
Vana Bergamasca

 

Salomone Rossi (1570-1630)
Canzon sopra La Bergamasca

 

Giovanni Battista Ferrini (1601-1674)
La Mantovana

 

Giuseppe Cenci (♱1616)
Fuggi, fuggi, fuggi dal questo cielo

 

Biagio Marini (1594-1663)
Sonata sopra “Fuggi dolente core”

 


 

Daniel Issa: Tenor brasileiro radicado na Suíça por 21 anos, diplomado em Música Antiga pela Schola Cantorum Basiliensis com especialização em canto, Master of Arts pela Musikhochschule Luzern e Master of Advanced Studies pela Fachhochschule Nordwestschweiz e doutor em Musicologia pela Sorbonne Université. Como cantor solista, atuou, em The Fairy Queen de Purcell, Medée de Charpentier (Theater Basel, Suíça), Céphale et Procris de Jacquet de la Guerre (Markgräfliches Opernhaus Bayreuth, Alemanha), La Sonnambula de Bellini (Theater Biel-Solothurn, Suíça) e na criação da ópera Lunea de Heinz Holliger (Opernhaus Zurich, Suíça), entre outras. Teve papéis escritos para sua voz nas óperas Romulus der Grösse de Andreas Pflüger e Shiva for Anne de Mela Meierhans. Com um repertório que vai do medieval ao contemporâneo atuou em países como Suíça, Alemanha, França, Áustria, Itália, Portugal, República Tcheca, Letônia e China e participou de gravações para Deutsche Harmonia Mundi, Raum Klang, ORF, e Pan Classics.

 

Gustavo Gargiulo: Cornetista natural de Buenos Aires (Argentina), estudou trompete em sua cidade natal, integrando vários ensembles e orquestras. Sua vocação pela música antiga o levou a estudar e investigar o trompete barroco e o cornetto. Começou sua formação em masterclasses de Laszlo Borsody (Trompete Barroco – Hungria) e Lene Langeballe (Cornetto – Dinamarca), e prosseguiu seus estudos de cornetto no Conservatório de Genebra (Suíça), na classe do mestre William Dongois; finalmente aperfeiçoando-se no Conservatório Superior da Região de Paris (França), com o mestre Jean Tubéry, onde obteve seu Diploma de Concertista em Música Antiga. Se apresenta frequentemente com os ensembles Capella Mediterranea (Suíça/França), Akademie für Alte Musik Berlin (Alemanha), Pygmalion (França); Les Nouveaux Caracteres (França), Mare Nostrum (Itália), Barroca del Suquia (Argentina); sob a direção de Leonardo Garcia Alarcon, René Jacobs, Gabriel Garrido, Manfredo Kraemer, Françoise Laserre, Jean Tubéry, Raphael Pichon, entre outros grandes maestros. Conta em seu histórico com mais de 15 gravações (CDs e DVDs) para os selos Harmonia Mundi, Naîve e Alpha. Desenvolve uma intensa atividade pedagógica na Argentina, Brasil e na Europa como professor em masterclasses na USP, na UNICAMP, na Universidade de Viña del Mar (Chile), no Museu Nacional da Lituânia, na Académie Baroque Européenne (França), no Crescendo Summer Institute (Hungria), a International Baroque Summer School Valtice (Tchéquia), MLSMD Schloss Scharfeneck e Letniej Akademii Muzyki Dawnej (Polônia) e o Instituto Superior de Arte do Teatro Colón (Argentina).

 

Luan Braga: violinista dedicado à pesquisa, interpretação historicamente orientada e execução de obras dos séculos XVII ao XIX em instrumentos históricos, como camerista, recitalista e músico de orquestra, participando em diversas produções de óperas, balés e outros espetáculos. Ocupa o cargo de chefe de naipe de segundo violino do EOS Conjunto de Música Antiga USP (Universidade de São Paulo) e Spalla da Orquestra Barroca da UNIRIO (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), onde também se apresentou como solista. É violinista do grupo O Discurso Harmônico, fundador do grupo O Idílio Fantástico, dedicado ao repertório denominado “Estilo Moderno” no início do século XVII, e é cofundador do conjunto Cibele Camerata. Teve a oportunidade de estudar performance histórica e retórica musical com mestres de renome mundial, dentre os quais Mira Glodeanu, Stéphanie-Marie Degand, Benoît Dratwicki, Katia Velletaz, Amandine Beyer, Manfredo Kraemer, Julien Chauvin, Benjamin Chenier, Patrick Cohen-Akenine e Paul Agnew.

 

Pedro Diniz: Mestre pela Staatliche Hochschule für Musik em Trossingen, Alemanha, nos cursos: Historische Tasten (2015) na classe de Marieke Spaans e Diego de Ares e em Musik des Mittelalters und Renaissance (2015) na classe de Kees Boeke e Claudia Caffagni. Bacharel em cravo sob a orientação de Helena Jank pela Universidade de Campinas (2012). Formou-se também em cravo pela Escola Municipal de São Paulo sob a supervisão de Terezinha Saghaard (2012). Estudou cravo com Alessandro Santoro na Escola de Música do Estado de São Paulo (2013). Integra o Núcleo de Música Antiga da USP desde 2004 sob supervisão de Mônica Lucas. Participou de diversos festivais de música antiga durante seu período estudantil, dentre eles Festival de Urbino Musica Antica (FIMA, 2014), II Semana de Música Antiga da UFMG “Os sentidos da meraviglia” (2009) e a 31º Oficina de Música Antiga de Curitiba (2013). promove a Música Antiga através da série mensal de concertos Hausmusik ativa desde 2018. Engajado ativamente no movimento de Música Antiga (ou Performance Musical Historicamente Orientada) Pedro cria o Núcleo Música Manuscrita desde seu retorno para o Brasil, em 2015. Promove atividades em música antiga sob o selo Música Manuscrita: concertos para circulação, oficinas, grupo de estudo periódico e conteúdo informativo através do canal @musica.manuscrita. Desde 2019 lidera o Grupo de Pesquisa & Performance em Música Medieval @gruppemm visando formação e circulação do repertório dos séculos XII, XIII, XIV e XV. Com projeto aprovado pelo Edital de Música Antiga SESI 2024, o GRUPPEMM circulou com o espetáculo “O Apogeu Medieval” em Junho 2024. Através de suas pesquisas acerca do repertório ibérico renascentista, idealizou o programa “Jogos do Desejo” dedicado à canção do compositor Joan Cornago, em parte inédita. Este projeto foi aprovado pelo CPF-SESC para estreia em Julho, 2024. Pedro Diniz está agendado para acompanhar ao cravo um quinteto de solistas do Coro da OSESP em concerto dedicado aos madrigais de Barbara Strozzi, século XVII, em Novembro de 2024. Pedro é autor de duas teses de mestrado defendidas na Staatliche Hochschule für Musik em Trossingen, Alemanha: Os Cadernos de Frei Santiago (1º Semestre 2014), Cancioneiro de Lisboa (2º Semestre 2014). Publicou através da Universidade de São Paulo em 2016 o artigo “Quatro cancioneiros em confronto”. Publicou em 2024 o artigo “Scriptorium: a gênese da notação musical” pela Casa Museu Ema Klabin

22/08

A música na obra de Camões
Conjunto de Música Antiga da UFF
Cecília Aprigliano, Mário Orlando,Rosimary Parra, Sonia Leal Wegenast
participação: Lenora Pinto Mendes e Márcio Paes Selles

 


 

Anônimo (século XVI)
Amor loco, amor loco (Cancioneiro Musical da Biblioteca de Paris)

 

Anônimo (século XVI)
Vida da mynha alma (Cancioneiro Musical da Biblioteca de Paris)

 

Luys Milan (c.1500-1561)
Pavana I (El Maestro, 1536)

 

Anônimo (século XVI)
Minina dos olhos verdes (Cancioneiro Musical da Biblioteca de Paris)

 

Anônimo (século XVI)
Siete años de pastor (Manuscrito Romances y Letras da Biblioteca Nacional de Madrid)

 

Antonio de Cabezón (1510-1566)
Pavana con su glosa

 

Diego Pisador (c.1509-c.1557)
Pavana muy llana para tañer

 

Diego Ortiz (c.1510-1576)
Recercada Quarta

 

Miguel de Fuenllana (c.1500-1579)
De lo álamos vengo (villancico de Juan Vázquez)

 

Luys Milan (c.1500-1561)
Falay miña amor

 

Antonio de Cabezón (1510-1566)
Rugier, glosado de Antonio

 

Anônimo (século XVI)
Foyse gastamdo a esperança  (Cancioneiro Musical da Biblioteca de Paris)

 

Anônimo (século XVI)
Señora bem poderey (Cancioneiro Musical d’Elvas)

 

Antonio de Cabezón (1510-1566)
Galliard Milanese

 

Anônimo (século XVI)
Na fonte está Lianor  (Cancioneiro Musical da Biblioteca de Paris)

 

Anônimo (século XVI)
Viejo malo en la mi cama (Sedano – Cancioneiro do Palácio)


 

Música Antiga da UFF: criado em 1981, vinculado ao Departamento de Difusão Cultural da Universidade Federal  Fluminense, hoje Centro de Artes UFF. Desde então, vem realizando um sério trabalho de pesquisa e divulgação da música dos períodos Medieval e Renascentista, com ênfase na música ibérica. A qualidade do trabalho realizado durante todos esses anos, entre concertos, no Brasil e no exterior, gravação de CDs, participações em festivais e oficinas, somado à longevidade do grupo e à atuação profissional de cada um de seus integrantes, tornou o conjunto uma referência no meio musical nacional. Com o ingresso de novos integrantes, principalmente pela adição de instrumentos de cordas dedilhadas (alaúde, vihuela, guitarra barroca e o violão) ao já variado instrumental do conjunto, o grupo pode se dedicar a outros repertórios, entre os quais o da música armorial e o de modinhas e lundus dos séculos XVIII e XIX, abrindo um novo leque de possibilidades e levando ao público novas sonoridades.

23/08

Mozart
MúsicaRara
direção: Paulo Henes
solistas: Paulo Henes e Júlio Pasquali

violas: Fabrício Dantas, Gabriel del Corso
violoncelos: Conceição Fernandes, Luiz Ricardo
cravo: Júlio Pasquali
percussão: Christopher Alex


 

Wolfgang Amadeus Mozart

Concerto para cravo, K. 107

  1. Allegro
  2. Andante
  3. Tempo di Minuetto

Solista: Júlio Pasquali

Concerto para violino nº 2 em Ré maior, K. 211

  1. Allegro Moderato
  2. Andante
  3. Rondeau (Allegro)

Solista: Paulo Henes

Serenata Noturna nº 6 para cordas e tímpano, K. 239

  1. Marci (Maestoso)
  2. Menuetto-Trio
  3. Rondeau (Allegretto-Adagio-Allegro)

 


 

MusicaRara: o projeto MusicaRara nasceu do sonho de músicos apaixonados pela música de câmara e pelo estilo Galante e Clássico. Especializados em Música Antiga, violinistas, violistas e violoncelistas estabelecem um diálogo musical tal como era nos tempos de Mozart.

Paulo Henes: diretor artístico do MúsicaRara, é músico formado pela UNESP em Bacharelado em violino na classe do mestre Airton Pinto. Iniciou suas  atividades com o violino barroco em 1998, sob a orientação do professor Luís Otávio Santos. Participou de grandes montagens da música barroca, como as óperas: “Barroco” em 2003, “Dom Quixote e a Duquesa” de J. B. Boismortier em 2005, “L’Orfeo” de C. Monteverdi em 2007, “Dido e Eneas” de H. Purcell em 2009 e “As Quatro Estações” também de J. B. Boismortier em 2016.

Júlio Pasquali: nasceu em 1999 em São Paulo. foi aluno de Horácio Gouveia na EMESP. É aluno do Bacharelado em Piano no Departamento de Música da ECA-USP, sob orientação de Eduardo Monteiro e Luciana Sayure.  Foi bolsista e atuou em diversos festivais, como o Festival de Inverno de Campos do Jordão, Internationale Klavierakademie Murrhardt (Alemanha), Encontro de Pesquisadores em Poética Musical dos Séculos XVI, XVII e XVIII, Festival de Piano ESAO – Ouro Preto, dentre outros. Participou de Masterclasses com artistas como Jordi Savall, Manfredo Kraemer, Kirill Gerstein, Nikolai Lugansky, Christian Pohl, Jacques Rouvier, Markus Groh, Cristian Budu, Gustavo Carvalho, Marek Szlezer, dentre outros

17:00

Centro MariAntonia da USP

19/08

Wunderkammer
flauta doce: Alfredo Zaine

 


 

Charles Babel (c.1636-1716)
Prelúdio n. 1

 

Anônimo
The Division Flute (1706)
Division by Mr. Hills

 

Georg Philipp Telemann (1681-1767)
Fantasia n. 1 TWV 40:2 

 

Axel Ruoff (*1957)
Baku (2010)

 

Georg Philipp Telemann (1681-1767)
Fantasia n. 7 TWV 40:8
Fantasia n. 10 TWV 40:11 

 

Jacob van Eyck (c.1590-1657)
Der Fluyten Lust-hof
Preludium of Voorspel
Fantasia & Echo
Batali
Comagain (John Dowland/van Eyck)

 


 

Wunderkammer é um programa no qual diferentes instrumentos da família da flauta doce são utilizados para a performance de obras compostas para esse instrumento, abrangendo desde o Renascimento até o período contemporâneo. O termo Wunderkammer refere-se a um conceito histórico de “gabinete de curiosidades” ou “câmara de maravilhas”, onde se colecionavam e exibiam exemplares variados de objetos raros, exóticos e curiosos. Esta ideia serve de inspiração e será explorada no contexto deste programa.


​​Alfredo Zaine: Doutor em música pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), com bacharelado em flauta doce pela mesma instituição. Mestre em flauta doce e música antiga pela Hochschule für Musik und Darstellende Kunst de Stuttgart (Alemanha), onde recebeu o Prêmio DAAD como aluno internacional de destaque, integrou o Ensemble Studio Alte Musik e foi tutor do Ensemble de Flautas Doces. Participou de montagens de óperas e séries de concertos como os da Akademie für Alte Musik in Baden-Württemberg e da série Bach Vokal. Realizou concertos na Itália, Holanda, França, China, Namíbia e Vietnã. Entre as gravações, destacam-se os álbuns “Der Arme Konrad 1514” e “Reformation in Württemberg, Lieder und Stimmen der Reformation”, ambos a convite do Landesarchiv Baden-Württemberg, além de gravações para a rádio SWR2, de Stuttgart. Ainda jovem, foi premiado nas categorias solo e conjunto no Concurso de Flauta Doce da Fundação Magda Tagliaferro em São Paulo e selecionado como um dos músicos paulistas para o Programa Furnas Geração Musical. Atualmente, é docente de flauta doce na Universidade Estadual Paulista (Unesp).

20/08

Fêtes Galantes
EOS conjunto de Música Antiga da USP
direção: Marcus Held e Roger Ribeiro
solista: Júlio Pasquali

21/08

Continuidade do belo Traços do passado em músicas e instrumentos
traverso: Gabriel Pérsico (flauta Toulou (segunda metade do séc. XIX))
fortepiano: Júlio Pasquali (crávoCésar Ghidini, 2012, cópia de Anton Walter, 1790)

 


 

Antoine Reicha (1770-1836)

Duo concertant pour flûte et piano, Op. 103

  1. Lento. Allegro non troppo
  2. Lento
  3. Allegro Vivace

 

Ludwig van Beethoven (1770-1827)

Rondeau da Sonata para piano em Mi bemol maior, Op. 7

 

Jean-Louis Tulou (1786-1865)

L’Angelus. Fantasie pour la flûte avec accompagnement de piano, Op. 46

  1. Introduction. Adagio
  2. Thême. Allegretto moderato
  3. Variation. Largement
  4. Variation. Espressivo
  5. Variation. Légèrement
  6. Adagio. Nobile
  7. Variation. Allegretto. Animé
  8. Polacca

 


 

As peças escolhidas para este concerto são claros expoentes da estética romântica. Falamos frequentemente de “revolução romântica” referindo-nos a uma mudança profunda em relação à arte anterior. Beethoven foi investido por músicos e teóricos posteriores do séc. XIX com a roupagem de herói fundador do novo pensamento musical. No entanto, nada na música é estranho ao passado. Os livros sempre remetem a outros livros, dizia Jorge Luis Borges. Sonata, Tema e Variações e Rondeau são arranjos que os românticos tomaram do século anterior, dando-lhes novos significados.

Mas não é só o material musical que revela vestígios do passado. Os instrumentos também. Por exemplo, a flauta original do atelier de Jean-Louis Tulou (segunda metade do século XIX) que utilizamos neste concerto, mantém uma tradição sonora típica da escola francesa inaugurada por Blavet no início do século XVIII. Tulou se opôs ao uso da flauta de sistema Boehm (o atual sistema do instrumento) no Conservatório de Paris. Nesta luta, podemos detectar não só aspectos nacionalistas de defesa das tradições francesas, mas também um conceito de som e sua estética que a flauta do sistema Boehm modificou completamente.

Antoine Reicha, compositor tcheco, flautista, amigo de Beethoven, viveu em Paris de 1808 até sua morte. Foi professor no Conservatório de Paris onde teve como discípulos compositores da estatura de Berlioz, Liszt, Franck e Gounod. Não há necessidade de discorrer sobre Beethoven; cumpre apenas destacar que a sua ligação com o passado é mais profunda do que a crítica do século XIX costuma admitir. Jean-Louis Tulou, já apontado como fabricante ou designer de flautas, foi criança prodígio em seu instrumento. Renomado virtuoso, compositor e pedagogo, sua importante influência continua a desempenhar um papel relevante.

O passado na arte não foi cancelado. Sobrevive numa alquimia complexa com a nossa realidade atual. Esperamos que vocês gostem deste concerto.

 

Gabriel Pérsico: Professor Superior e Licenciado em Educação Musical (Universidade Nacional de La Plata) e Doutor em Artes (Universidade Nacional de Córdoba). Realizou cursos de traverso com Wilbert Hazelzet, Barthold Kuijken e de flauta doce com Pedro Memelsdorf. Solista de flautas históricas (La Barroca del Suquía, EOS Conjunto de Música Antiga da USP, Musica Poetica, Ensamble Concentus). Foi Coordenador do Centro de Estudos de Música Antiga (CEMAn – Universidade Católica da Argentina). Leciona as cátedras de Flauta Traversa Barroca, História da Música, Música de Câmara e Seminário de Retórica Musical no Curso Superior em Música Antiga do Conservatório Superior de Música “Manuel de Falla” da Cidade de Buenos Aires. No Departamento de Artes Musicais e Sonoras (DAMus) da Universidade Nacional das Artes (UNA), é diretor do Mestrado em Musicologia, da revista 4’33” de Investigación Musical (DAMus-UNA), leciona a Cátedra de Estética da Música e atua como pesquisador.


Julio Pasquali: Nasceu em 1999 em São Paulo. foi aluno de Horácio Gouveia na EMESP. É aluno do Bacharelado em Piano no Departamento de Música da ECA-USP, sob orientação de Eduardo Monteiro e Luciana Sayure.  Foi bolsista e atuou em diversos festivais, como o Festival de Inverno de Campos do Jordão, Internationale Klavierakademie Murrhardt (Alemanha), Encontro de Pesquisadores em Poética Musical dos Séculos XVI, XVII e XVIII, Festival de Piano ESAO – Ouro Preto, dentre outros. Participou de Masterclasses com artistas como Jordi Savall, Manfredo Kraemer, Kirill Gerstein, Nikolai Lugansky, Christian Pohl, Jacques Rouvier, Markus Groh, Cristian Budu, Gustavo Carvalho, Marek Szlezer, dentre outros

22/08

Concertos para 4 violinos de Georg Philipp Telemann
Quadro Telemann
violinos: Marcus Held, Roger Ribeiro, Luan Braga e Heitor Salesse

 


Georg Philipp Telemann (1681-1767)

Concerto em Sol maior (TWV 40:201)

  1. Largo e staccato
  2. Allegro
  3. Adagio
  4. Vivace

 

Concerto em Ré maior (TWV 40:202)

  1. Adagio-Allegro
  2. Grave
  3. Allegro

 

Concerto em Dó maior (TWV 40:203)

  1. Grave
  2. Allegro
  3. Largo e staccato
  4. Allegro

 

Concerto em Lá maior (TWV 40:204)

  1. Grave
  2. Allegro
  3. Adagio
  4. Spirituoso

 


 

Heitor Salesse: violinista formado em violino barroco e moderno pelo Conservatório Dramático e Musical de Tatuí com orientação de Marcus Held e Graziela Pagotto. Desde 2014, participa como violinista de diversas apresentações, peças teatrais e concertos em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Nos últimos 5 anos, tem se dedicado ao coral da ONG Paz Sem Fronteiras, sendo um dos responsáveis pela organização do grupo de instrumentistas e coralistas. Teve a oportunidade de realizar masterclass e colaborar com mestres como Manfredo Kraemer e Cynthia Freivogel.

 

Luan Braga: violinista dedicado à pesquisa, interpretação historicamente orientada e execução de obras dos séculos XVII ao XIX em instrumentos históricos, como camerista, recitalista e músico de orquestra, participando em diversas produções de óperas, balés e outros espetáculos. Ocupa o cargo de chefe de naipe de segundo violino do EOS Conjunto de Música Antiga USP (Universidade de São Paulo) e Spalla da Orquestra Barroca da UNIRIO (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), onde também se apresentou como solista. É violinista do grupo O Discurso Harmônico, fundador do grupo O Idílio Fantástico, dedicado ao repertório denominado “Estilo Moderno” no início do século XVII, e é cofundador do conjunto Cibele Camerata. Teve a oportunidade de estudar performance histórica e retórica musical com mestres de renome mundial, dentre os quais Mira Glodeanu, Stéphanie-Marie Degand, Benoît Dratwicki, Katia Velletaz, Amandine Beyer, Manfredo Kraemer, Julien Chauvin, Benjamin Chenier, Patrick Cohen-Akenine e Paul Agnew.

 

Marcus Held: natural de São Paulo, é violinista, violista e pesquisador especializado na música dos séculos XVI, XVII e XVIII com uma agenda ocupada como recitalista, spalla convidado e palestrante. Doutor em Musicologia com Pós-Doutorado pela Universidade de São Paulo (USP), é spalla do EOS – Conjunto de Música Antiga da USP, da Trupe Barroca (ES), violista da Cibele Camerata (RJ) e professor do Programa de Pós-Graduação em Música do Instituto de Artes da UNICAMP. É idealizador e fundador do Música Pretérita, projeto dedicado à divulgação da pesquisa em música ao grande público (YouTube e Instagram).

 

Roger Ribeiro: possui mais de 350 concertos desde 2006, atuando como camerista, recitalista e solista. Mestre e doutorando em musicologia pela USP, é formado em violino barroco pela EMESP e licenciado em Música pela UFRJ. Fez intercâmbio no Real Conservatório de Bruxelas e foi premiado com bolsa de estudos no Centro de Música Barroca de Versalhes, aperfeiçoando-se na França. Foi professor de violino na Universidade Federal de São João del-Rei e hoje ministra cursos e workshops sobre ornamentação livre.

23/08

To B or not to B: flat is the question
Um mergulho nas estéticas inglesa e vienense do fim do século XVIII e o prenúncio do Romantismo
fortepiano: Pedro Sperandio

 

Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788)

Fantasia em Si bemol maior, Wq.61/3 (1787)

 

Muzio Clementi (1752-1832)

Toccata em Si bemol maior, Op. 11 (1784)

 

Ludwig van Beethoven (1770-1827)

Grande Sonata em Si bemol maior, Op. 22 (1799)

  1. Allegro con brio
  2. Adagio con molto espressione
  3. Minuetto
  4. Rondo. Allegretto

 

Jan Ladislav Dussek (1760-1812)

Grande Sonata em Mi bemol maior, Op. 44 (1799)

  1. Introduzione: grave-allegro moderato
  2. Molto adagio e sostenuto em Si maior
  3. Tempo di minuetto più tosto Allegro
  4. Rondo. Allegro moderato ed espressivo





Pedro Sperandio: Pedro Sperandio pertence a uma nova geração de pianistas brasileiros com carreira internacional: 2012 BA com Eduardo Monteiro – USP; 2017 Diplôme de Concertiste (Artist Diploma) com a Prof. Rena Shereshevskaya – ENM de Paris; 2020 MA com Cláudio Martinez-Mehner – HfMT Köln; 2024 MA em fortepiano e performance histórica com a Prof. Stefania Neonato – HMDK Stuttgart. Após concluir seu segundo mestrado com nota máxima, foi convidado para inaugurar o curso de Konzertexamen em Fortepiano e Performance Histórica no Conservatório de Stuttgart, sendo o primeiro caso na história da instituição (2024). O pianista trabalha com especialistas na área de Performance Histórica (HIP), integrando uma rede internacional de músicos historicamente informados, associados ao “Centre de Pianos Romantiques la Nouvelle Athènes” em Paris, à Fondation Royaumont, à Université de Paris-Sorbonne na França e nos EUA ao “Westfield Center for Historical Keyboard Studies” da Universidade de Cornell, New York.  Foi um dos 12 pianistas selecionados para se aperfeiçoar artisticamente em uma residência no seio da Universidade de Cornell, onde existe uma das mais importantes e extensas coleções de instrumentos históricos do mundo. Detentor de vários prêmios, toca regularmente como solista e camerista em importantes salas do mundo todo, tanto em instrumentos históricos quanto modernos, inclusive em colaboração com orquestras. Foi pianista colaborador do Centre de Musique de Chambre de Paris e em Colônia com o Ensemble Musikfabrik (música contemporânea). Exerce atividades pedagógicas desde 2007. É frequentemente convidado para participar de simpósios, conferências musicológicas, ministrar masterclasses, juri de concursos e festivais no Brasil, EUA e Europa.

chamada de trabalhos

A poética musical ocidental dos sécs. XVI ao XVIII tem como princípio a coordenação entre os processos de produção e recepção, segundo princípios de natureza retórica, que visavam afirmar instituições e lugares de poder político e religioso. Os materiais que constituem este estudo nos possibilitam vislumbrar esse passado e compreendê-lo em nosso tempo presente, a partir da fusão de seu próprio horizonte de sentido e o nosso, hoje. Essas pesquisas são realizadas em redes interinstitucionais e interdisciplinares, aprimorando processos e fomentando novas ações, o que justifica a importância desse evento acadêmico, que neste ano chega à sua 15ª edição e atualmente é o único no país com frequência regular especificamente voltado para as questões da Música Antiga.

Em 2024, o 15º EPPM terá como tema principal de reflexão a tratadística musical pré-iluminista. O Encontro contará com a participação de músicos-pesquisadores brasileiros e estrangeiros, visando especificamente fortalecer parcerias com instituições sul-americanas. Nesta edição, o foco de parcerias são a Universidad Nacional de Córdoba e a Universidad Nacional de las Artes, da Argentina. 

A parceria selada desse 2020 entre o Encontro de Poética/USP e a Cultura Artística possibilitará a realização de um mini-curso de técnicas de improvisação histórica baseada em  partimenti. O evento contará, como em edições anteriores, com palestras, workshops, debates, comunicações e concertos. Os anais serão publicados pela Revista 4’33”, revista de divulgação acadêmica da Universidad Nacional de las Artes, Argentina. 

O encontro será híbrido, com sessões remotas de comunicações de trabalhos acadêmicos, concertos e debates presenciais. As atividades remotas serão realizadas pela via Google Meet e transmitidas pelo YouTube.

COMUNICAÇÕES DE PESQUISA

A Comissão Organizadora do XV Encontro de Pesquisadores em Poética Musical dos Séculos XVI, XVII e XVIII tem a grata satisfação de comunicar a abertura do prazo de inscrições de propostas de comunicação de trabalhos acadêmicos para apresentação no evento.

Cada proposta deverá conter título, nome e endereço eletrônico do (os/as) autor (es/as), instituição de origem, resumo com até 350 palavras, e currículo do (os/as) autor(es/as) em forma cursiva, com até 250 palavras.

As propostas devem ser enviadas para o correio eletrônico retoricamusical2024@gmail.com 

A avaliação das propostas será feita pela Comissão Científica, cuja decisão é irrevogável.

24/05/2024

Lançamento da chamada de comunicações

10/07/2024

Prazo final para envio das propostas de comunicação

15/07/2024

Divulgação da relação de propostas de comunicação aprovadas

05/08/2024

Prazo final para envio dos vídeos contendo a apresentação das comunicações aprovadas

11/08/2024

Disponibilização dos vídeos das comunicações para os participantes do Encontro, divulgação do Caderno de Resumos e da Programação das sessões de Comunicações

19 a 23/08/2024

Realização do Encontro

01/09/2024

Prazo final para envio da versão final das comunicações em forma de texto acadêmico para publicação nos Anais do Encontro

Critérios para seleção das propostas de comunicação

Pertinência: a proposta de comunicação deve versar sobre tema apropriado ao evento, a saber, as teorias, poéticas ou práticas da Música Antiga;

Qualidade: a proposta de comunicação deve atender aos padrões científicos vigentes;

Relevância: a proposta de comunicação deve contribuir para a consecução dos objetivos do evento;

Prazos: as propostas de comunicação deverão ser enviadas até o dia 02 de julho de 2024, via correio eletrônico retoricamusical2024@gmail.com 

As sessões de comunicação de trabalhos acadêmicos serão destinadas ao debate desses trabalhos entre seus autores e participantes do evento. Para tanto, as comunicações deverão ser gravadas em vídeo, enviadas à Comissão Organizadora do evento em prazo definido no cronograma das comunicações, de maneira que esses vídeos possam ser disponibilizados para audiência prévia. A Comissão Organizadora recomenda aos participantes do evento que assistam aos vídeos e elaborem perguntas, apontamentos, comentários e anotem suas dúvidas, a fim de fomentar as discussões, esclarecimentos e debates.

Os vídeos com a exposição das comunicações deverão ter até 15 minutos de duração. Deverão ser salvos em formato .mp4, arquivados em serviço de armazenamento em nuvem e compartilhados com a Comissão Organizadora do Encontro através do mesmo e-mail de submissão: retoricamusical2024@gmail.com 

Ainda que as apresentações tenham sido gravadas e disponibilizadas previamente, destacamos que a presença dos autores, pelo menos na sessão de comunicação de seus respectivos trabalhos, é fundamental e constitui parte do compromisso assumido com a submissão da proposta de comunicação. Ao final de cada sessão de comunicação, enviaremos aos autores um certificado de presença e apresentação.

Os trabalhos acadêmicos apresentados no Encontro poderão ser publicados na Revista 4’33” (UNA/Buenos Aires, Argentina), desde que cumpram com as normas e prazos estipulados.

Normas para formatação: 

https://retoricamusical.com/wp-content/uploads/2021/07/normas-de-formatacao.pdf 

Informações gerais

todos os concertos são gratuitos

endereços

Biblioteca Brasiliana Guita & José Mindlin
Rua da Biblioteca s/n, Cidade Universitária

Centro MariAntonia da USP
Rua Maria Antônia, 258, Consolação